Curiosidades Gastrônomicas



VOCE SABIA?
Atualizado em: 19/11/2011
  •  Gnocchi
 Também conhecido como Nhoque; Há uma tradição, cuja origem é incerta, de se colocar uma nota de R$ 1 ou US$ 1 (ou 1 unidade da moeda do país) sob o prato de nhoque todo dia 29 do mês, visando dar sorte. No Brasil tal tradição tem seu início bem definido. Foi em 1989 no Restaurante Quattrino de São Paulo, que a proprietária, Mary Nigri, colocou essa dita tradição italiana em prática. Esse costume existe na Argentina, Uruguai, Estados Unidos e em outros locais. Mary tomou conhecimento dessa tradição por uma amiga, cujo genro era ítalo-americano e trouxe o costume, que era comum nas colônias italianas dos EUA. Mary, em viagem à Itália, por todo o país, não localizou nada dessa tradição, talvez já extinta. Ouviu apenas uma lenda, em Sorrento, sobre um casal de velhos que dera um prato de nhoque a um mendigo, num dia 29, e todos os três tiveram lucros inesperados a seguir.
  • Molho béchamel
Diz a lenda que tal alquimia foi idealizada pelo marquês Louis de Béchameil (1630-1703), um financista francês, especialista em agricultura e assessor do rei Louis XIV. Na verdade, na Itália, o molho já existia desde o século 14, uma especialidade da região de Cesena, nas imediações do mar Adriático sob o nome de Balsamella. O marquês, efetivamente, apenas utilizou a coisa antiga numa receita de frango.
  • Espinafre
Toda mundo pensa que o espinafre tem muito Ferro e que nos faz mais fortes. Na realidade, o espinafre tem tanto Ferro como qualquer outro vegetal. Acontece que em 1950, um nutricionista se enganou a quantificar a quantidade de Ferro nos espinafres, sugerindo que os espinafres teriam 10 vezes mais Ferro do que realmente têm. 
  • Creme de Chantilly
O universo deve o creme a um doido fantástico, Fritz Carl Vatel. Um doido que morreu cedo, aos 36 anos de idade. Aliás, um doido que se suicidou a fim de não se desonrar. Um empregado de salão, rigorosamente suíço, Vatel provocou a atenção dos senhores da casa palacial de Chantilly e, jovem ainda, pelo seu charme e pela sua competência, ficou famoso nas cortes da França. Impossível desvendar se a preciosidade aconteceu propositadamente ou acidentalmente. Verdade que o leite da região de Chantilly, onde Vatel se alojou aos 27 anos de vida, era mais gorduroso e, por isso mesmo, mais apropriado à bateção que o transformaria numa pasta vaporosa e densa. Melhor: depois das suas experiências iniciais, ao resultado da sua combinação, Vatel adicionou açúcar. Maravilha, imbatível maravilha, o creme Chantilly. 
  • Churrasco grego
 A história mostra que o churrasquinho grego pode também ser chamado de churrasco árabe. A Grécia esteve sob domínio turco-otomano entre os séculos 15 e 19 e, por isso, não se sabe ao certo qual povo foi o inventor desse prato. Os gregos o chamam de "gyros", os turcos de "kebab" e os árabes de "shawarma". Por aqui, o churrasco é feito com bifes prensados e colocados no pão francês. Nas versões grega, turca e árabe, o sanduíche é feito com pão sírio. 


  • Bife à milanesa
 Ao que tudo indica, este prato é muito antigo e é bem provável que tenha mesmo nascido em Milão, na Itália. O historiador italiano Pietro Verri cita, no livro Storia di Milano (História de Milão), o cardápio de um almoço realizado no ano de 1134 na Igreja de Santo Ambrósio, em Milão. Nele, estava a descrição exata de como se prepara um bom bife à milanesa: empanar a carne com ovos batidos e farinha de rosca antes de fritar. Ainda assim, resta uma dúvida. Quem popularizou a iguaria? A hipótese mais aceita é que foram os austríacos, quando ocuparam a Itália no século 18. O dicionário Larousse diz que a preparação de um prato à milanesa é semelhante à receita austríaca "wiener schnitzel". 

  • Origem do Sushi

Está na antiga China onde, mais do que um prato, foi um método de preservação de peixes. Cozido o arroz, colocava-se no seu interior pedaços de peixe e sal. O peixe assim "embrulhado" fermentava por meses, e só ele servia de alimento. Tal método chegou ao Japão há 2 mil anos, e lá, o período de fermentação foi alterado e adicionou-se vinagre de arroz ao sushi. Com o passar do tempo, o arroz passou a ser consumido também. 
  • Pão francês

O nosso querido pãozinho francês é, na verdade, uma criação legitimamente brasileira. Essa delícia que não pode faltar na mesa do café da manhã de dez em cada dez brasileiros surgiu por aqui no início do século 20, perto da Primeira Guerra Mundial. Até o fim do século 19, o pão mais consumido no Brasil era completamente diferente, com miolo e casca escuros. A receita que conhecemos hoje surgiu por encomenda de alguns brasileiros endinheirados que voltavam de viagens da Europa, principalmente da França, e pediam a seus cozinheiros que reproduzissem pela aparência um pão muito popular em Paris. Ele era curto com miolo branco e casca dourada - um precursor da baguete. O que faz a diferença entre o nosso pãozinho e sua inspiração francesa é que foi adicionado açúcar e gordura na receita . 
  • Queijo
São necessários 10 litros de leite para fazer apenas 1 quilo de queijo. 
  • Torta holandesa

A reportagem ligou para a Embaixada da Holanda, em Brasília, e teve uma surpresa: lá ninguém conhece a torta holandesa! Segundo o chef Marcius Temperani, do restaurante O Compadre, de São Paulo, essa delícia que leva biscoito de maisena e chocolate é originária de Campinas - SP. "A receita foi criada por Sílvia Leite, em 1991. Ela era, na época, proprietária de um café no centro de Campinas e deu o nome ‘holandesa’ à torta em homenagem aos bons momentos que viveu na Europa", explica o chef. 
Fonte: Guia da Culinária


  
  • Sanduíche 
O nome sanduíche vem do inglês John Montagu, o lorde Sandwich (1718-1792). Virava noites jogando carteado. Numa delas pediu aos serviçais algo que fosse fácil de comer na mesa de jogo sem lambuzar as mãos. Serviram a ele um naco de carne entre dois pedaços de pão. Encantados, os parceiros passaram a pedir “um igual ao de Sandwich”. O cara não fez nada, mas levou a fama. 


  • Bauru 
Se o que você come pensando que é um Bauru tiver apenas presunto, queijo e tomate esqueça…

O legítimo Bauru foi inventado nos anos 30 pelo radialista Casemiro Pinto Neto, no balcão da lanchonete paulistana Ponto Chic (Praça Oswaldo Cruz, 26 – Paraíso).

O sanduíche original tem os seguintes ingredientes:
Camadas generosas de rosbife caseiro, rodelas de tomate, pepino cortado bem fininho, mistura de quatro tipos de queijos derretidos no pão francês sem miolo.

  • Maionese

Em 1756, o duque de Richelieu foi enviado pelo rei Luis XVI para desalojar os ingleses no porto de Mahon. Proibido de usar fogo para não despertar a atenção do inimigo, o cozinheiro fez um molho frio com o que tinha: ovos, sal e azeite. Batizou de mahonnaise, referência à cidade. Afrancesada virou mayonnaise. 

  • Ketchup 
No século 17, marinheiros holandeses importaram da China o Ketsiap, salmoura para peixes à base de soja, sal e vinagre. A mistura foi mudando até chegar ao molho temperado muito usado por ingleses e americanos (e brasileiros).
Há variações no mercado, mas a receita mais comum leva tomate, sal, açúcar, pimenta e outros condimentos. 

  • Mostarda 
Os romanos misturavam a semente com o suco de uva não fermentado para fazer vinho.

Daí, aliás, a origem da palavra, do latim mustum ardens (vinho que arde). Na Índia e na Dinamarca, as sementes eram jogadas ao redor da casa para afugentar maus espíritos. Os chineses as tinham como afrodisíaco.
Já o molho como o conhecemos hoje saiu da cozinha dos franceses na Idade Média, que moíam as sementes de mostarda com sal, vinagre e pimenta. 


  • Hambúrguer 
No fim do século 18, tribos nômades na Ásia picavam e temperavam carne bovina para que durasse mais. A receita pegou carona em navios alemães que faziam a rota do Báltico.

No século seguinte, esse jeito de comer carne partiu de Hamburgo para a América, onde desembarcou como hamburg style steak.
No Brasil, o maior responsável pela popularização do hambúrguer foi a rede Bob´s, que inaugurou sua primeira loja em 1952, no Rio. 



Fonte: Revista VIP 



  • Longa vida ao café



O rei Gustavo III da Suécia adorava a ciência. Com a mesma intensidade, odiava café. No fim do século 18, tentou provar que a bebida era um veneno. E fez um teste: um preso tomaria uma botija de café todos os dias, enquanto outro beberia chá. Durante anos, a saúde de ambos foi monitorada pelo médico do monarca. O resultado, porém, teria surpreendido o rei– se ele estivesse vivo para ver: Gustavo morreu em 1792. Meses depois morreu o médico. Mais alguns anos e foi a vez do bebedor de chá. O que tomou café morreu só 12 anos depois.



  • Bandeira deliciosa

 O croissant, aquele delicioso pão de massa folhada, tem origem austríaca. E foi criado por pura sacanagem, após a expulsão dos invasores turcos de Viena, em 1683. Os austríacos usaram a massa folhada típica da Turquia e fizeram o salgado em forma de lua crescente, símbolo da bandeira turca. A gostosura foi levada para a França com o casamento da rainha austríaca Maria Antonieta com o rei Luís XVI.
  • Último pedido

 O padre Anchieta conta em suas cartas escritas em 1553 a dificuldade de converter os índios do planalto paulista à fé católica. O pior, segundo ele, era fazer os nativos largarem o costume de comer gente, que não era abandonado nem pelas índias mais assíduas às missas. Uma delas, em seu leito de morte, ao receber do padre a extrema-unção e o direito de fazer seu último pedido, não hesitou. Disse que queria uma mãozinha de menino tapuia. Para morrer chupando os ossinhos.


Fonte: Guia do Estudante